quinta-feira, 22 de agosto de 2013

OPERAÇÃO PAI FRANCISCO - BACURI-MA - JANEIRO/2012

A história de Pai Francisco é contado nos enredos do Bumba-meu-boi que resgata histórias típicas das relações sociais e econômicas da região durante o período colonial, marcadas pela monocultura, criação extensiva de gado e escravidão.

Francisco foi um negro que nasceu na roça , filho de dois negros trabalhadores de fazenda. Francisco cresceu trabalhando , sofrendo mas sempre com muita fé. Era homem de postura forte. Francisco sempre ao final da tarde e ao início de toda manhã , rezava para Deus para olhar por ele e por todos os negros. Numa fazenda de gado, Pai Francisco mata um boi de estimação de seu senhor para satisfazer o desejo de sua esposa grávida, Mãe Catarina, que quer comer língua. Quando descobre o sumiço do animal, o senhor fica furioso e, após investigar entre seus escravos e índios, descobre o autor do crime e obriga Pai Francisco a trazer o boi de volta.

Coquitos e curandeiros são convocados para salvar o escravo e, quando o boi ressuscita urrando, todos participam de uma enorme festa para comemorar o milagre. 

Brincadeira democrática que incorpora quem passa pelo caminho, o Bumba-meu-boi já foi alvo de perseguições da polícia e das elites por ser uma festa mantida pela população negra da cidade, chegando a ser proibida entre 1861 e 1868.

O atual modelo de apresentação dos bois não narra mais toda a história do 'auto', que deu lugar à chamada 'meia-lua', de enredos simplificados. Atualmente, existem quase cem grupos de bumba-meu-boi no Estado do Maranhão subdivididos em diversos sotaques. Cada sotaque tem características próprias que se manifestam nas roupas, na escolha dos instrumentos, no tipo de cadência da música e nas coreografias.










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